Skip to main content

Em geral o  médico é um profissional que trabalha sob diversos regimes e possui vários vínculos empregatícios. Por isso, quando o assunto é a aposentadoria do médico é necessário ter muita atenção.

Esses profissionais exercem funções como autônomos, trabalham em clínicas particulares, possuem seu consultório próprio, são servidores público, entre outros.

Devido a essa variedade de vínculos é preciso ter cautela na hora de encaminhar a aposentadoria para que nenhum desses períodos passe despercebido e não seja contabilizado.

Em virtude de tantas particularidades e dúvidas, criamos esse artigo completo para que você, médico, não cometa erros quando o assunto é aposentadoria. 

Neste artigo você verá:

Erro 01: Aposentadoria do médico e os períodos de contribuição
Erro 02: Não saber sobre direito à Aposentadoria Especial
Erro 03: Perder dinheiro por falta de informação
Erro 04: O erro de R$ 899 mil
Erro 05: Buscar fazer tudo sozinho sem a ajuda de um profissional

Boa leitura!

Aposentadoria do médico no INSS

Um dos primeiros erros que o médico comete é não dar tanta importância para a aposentadoria do INSS.

E isso se deve a diversos fatores, como, por exemplo, por achar que o processo é muito trabalhoso e que o valor da aposentadoria é baixo.

Mas o que muitos não sabem é que o médico tem direito à Aposentadoria Especial, que lhe gera o direito de solicitar a aposentadoria com apenas 25 anos de contribuição.  Ou seja, 10 anos antes que a Aposentadoria por tempo de contribuição. Vamos falar mais sobre esse assunto no item dois.

Sendo a contribuição ao INSS obrigatória, porque não buscar através dela o melhor benefício e se aposentar antes do que imagina?

Pensando em planejar sua aposentadoria? Nós podemos fazer isso para você!

Erro 01: Aposentadoria do médico e os períodos de contribuição

tempo de contribuição aposentadoria do médicoComo comentamos no início do texto, ter organizado todos os seus períodos de contribuição para o INSS é fundamental para planejar a aposentadoria do médico.

E, mesmo trabalhando como autônomos, as contribuições para o INSS desses profissionais são obrigatórias. Informação essa que muitos médicos também desconhecem. E, nesse caso, a responsabilidade aumenta ainda mais visto que é o próprio profissional o responsável por realizar essas contribuições.

Esse é um erro muito comum, e muitas vezes é apenas percebido na hora de encaminhar a aposentadoria. Ter tudo organizado vai ajudar e muito na busca pelo melhor benefício.

Por isso, ter organizados os períodos da forma correta vai evitar que algum deles não seja computado, o que poderá influenciar no valor do seu benefício no futuro.

Erro 02: Não saber sobre direito à Aposentadoria Especial

médico tem direito a aposentadoria especialO médico desempenha um papel essencial para a sociedade. E, em sua função, permanece em contato com vírus, bactérias e agentes nocivos a sua saúde. E, os profissionais que ficam expostos a esses agentes nocivos têm direito a aposentadoria especial.

Essa aposentadoria foi criada como uma forma de compensar os profissionais pelos desgastes e danos resultantes dos longos períodos de trabalho expostos a agentes nocivos.

Nesta modalidade, o médico poderá se aposentar com 25 anos de contribuição, sem idade mínima. São 10 anos a menos do que o exigido para a Aposentadoria por Tempo de Contribuição

O erro mais comum cometido aqui é que muitos médicos não sabem que possuem o direito a esse benefício.

Para comprovar a exposição aos agentes nocivos, é necessário ter em mãos dois documentos importantes: o Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) e o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).

Esses documentos são fornecidos pela empresa em que o profissional trabalha. Entretanto, no caso do médico que realiza suas contribuições ao INSS como autônomo, ele deverá contratar um profissional ( que pode ser um Engenheiro de Segurança do Trabalho ou um Médico do Trabalho) para confeccionar esses laudos comprovando o trabalho no ambiente insalubre.  

Aqui em nosso blog temos um artigo Como funciona a Aposentadoria Especial para Médicos. Nele explicamos de forma completa sobre a documentação necessária e as vantagens desse benefício.

Erro 03: Perder dinheiro por falta de informação

perder dinheiro por não saber da aposentadoria do médicoOs contribuintes individuais (autônomos e liberais, por exemplo) podem contribuir de duas formas para o INSS. Na primeira delas o valor de contribuição será de 20% do salário do trabalhador, limitado ao teto. Na segunda, o segurado poderá contribuir com 11% sobre o salário mínimo.

Para saber de forma detalhada como funciona cada uma dessas contribuições, acesse a nossa matéria Como contribuir para o INSS como autônomo.

É muito comum os médicos passarem a vida toda contribuindo com 20% sobre sua renda. Isso acontece porque muitos acreditam que pagar mais hoje fará com que recebam mais amanhã.

De fato isso pode acontecer. Entretanto o médico precisa ficar atento em como o cálculo do salário de benefício é realizado.

No caso da Aposentadoria Especial, o valor do benefício será de 100% da média das 80% maiores contribuições do segurado.  Ou seja, 20% das menores contribuições serão deixadas de lado para a realização desse cálculo.

E, se você contribuir sempre com o maior valor, percebe que um parte dele não entrará no cálculo? E, no fim, você só acabou perdendo um valor que poderia ser aplicado em outro investimento?

Isso faz sentido para você?

Por isso que, em um bom planejamento de aposentadoria é possível prever, até mesmo, as contribuições restantes e a melhor forma de realizar esse pagamento.

Por exemplo, é possível contribuir em alguns casos períodos  sobre o salário mínimo, sem que isso altere o valor do benefício no futuro.

Gerando assim, uma grande economia, a partir da análise especializada de cada caso.

No próximo tópico, vamos trazer um exemplo em números para você entender os riscos da falta de planejamento para sua aposentadoria.

Erro 04: O erro de R$ 899 mil

evite perder dinheiro com a aposentadoria do médicoEssa situação que vamos apresentar aqui neste tópico vai exemplificar como o desconhecimento e a falta de planejamento podem fazer o médico perder mais de R$ 800 mil.

João Paulo é médico ortopedista e possui consultório próprio há mais de 34 anos. João Paulo sempre contribuiu pelo teto do INSS, que atualmente é de R$ 5.839,45.

Dessa forma, no momento João Paulo está pagando o valor de R$ 1.167,89 (20% sobre o teto). Ciente de que está prestes a completar os 35 anos de tempo de contribuição, João Paulo procurou um advogado especialista em direito previdenciário para lhe auxiliar com sua Aposentadoria.

Ao conversar com o advogado, João Paulo teve uma surpresa: descobriu que já poderia estar aposentado há 10 anos!

Isso porque ele não sabia que tinha direito à Aposentadoria Especial, onde poderia ter se aposentado com 25 anos de contribuição

Ou seja, João Paulo não só continuou contribuindo pelo teto por 10 anos a mais do que o necessário, como deixou de receber o benefício por todo esse período então.

Você já consegue imaginar o tamanho do prejuízo, não é?!

Vamos ver em números:

10 anos de contribuição pelo teto: R$ 140.146,80 (R$ 1.167,89 x 12 x 10)

10 anos de benefício com valor do teto: R$ 759,128,50 (R$ 5.839,45 x 13 [considerando o 13º] x 10)
planejamento-de-aposentadoria-infografico-a-falta-de-informacao-custa-caro-v2

Um prejuízo de cerca de R$ 899.275,30 por falta de informações corretas!

Isso sem contar que, como as 20% menores contribuições são excluídas do cálculo valor do benefício, João Paulo poderia ter contribuído pelo salário mínimo nos últimos 5 anos antes de fechar os 25 para a Aposentadoria. Com isso, João Paulo teria deixado de gastar mais cerca de R$ 58.000,00.    

Erro 05: Buscar fazer tudo sozinho sem a ajuda de um profissional

Até mesmo o mais organizado dos médicos, que já tem tudo planejado, pode deixar alguma informação ou documentação importante passar. E, um período de contribuição esquecido poderá impactar no valor final do benefício a ser recebido.

E, você gostaria de evitar perder tempo e dinheiro, não é mesmo?

Nesta matéria você aprendeu que, em virtude dos inúmeros vínculos empregatícios, das documentações específicas e das diferentes formas de contribuição, a aposentadoria do médico pode se tornar uma tarefa árdua sem a orientação necessária.

Por isso, a escolha de um profissional capacitado e qualificado poderá ser fundamental nessa jornada.

Com um planejamento de aposentadoria, entre outras informações você saberá:

  • quando se aposentar;
  • até quando terá que contribuir para receber o benefício almejado;
  • uma previsão do seu salário de benefício;
  • como reduzir o valor das contribuições sem prejudicar o seu benefício final;
  • qual benefício será mais rentável no seu caso, entre outras vantagens.

Na dúvida em qual profissional escolher? Busque sempre um profissional de sua confiança, que seja especialista em direito previdenciário. Pois o conhecimento específico na área faz toda diferença na busca pelo melhor benefício.


Pensando em planejar sua aposentadoria? Nós podemos fazer isso para você!

banner-contato-planejamento-de-aposentadoria-medico